domingo, 9 de dezembro de 2007

ALMAS GÊMEAS


ALMAS GÊMEAS



Antes de ti eu era só...
Vazia...perdida a procurar.
Hoje eu sinto que o amor me invade
É profundo... com raízes eternas...
Para além de tudo o que já vivi.
Sinto que transpassa todo o meu ser
Vai além do meu viver
Para além do meu corpo mortal
Transcendi o que é corpóreo
Nunca senti algo assim... Nunca...
É sobre natural e celestial.
Agora entendo quando se diz sobre o encontro de almas
És Minha alma gemea.
Mesmo distante... perdido por entre os devaneios
Sinto-te próximo e interligado ao meu ser.
Cada vez mais intimo estás.
Mesmo nos conhecendo pouco...
Mesmo sem entender tudo isso...
Sinto-te em meu seio
E a saudade de outrora é presença agora
Assim com se estivesse o acalentando em meu peito
Sinto o infinito... vejo o contínuo... e completo.
Esse sentimento permanente... eterno...
É inconcebível em nosso ser humano, pois é divino.

Não posso dizer que serás meu,
Pois não há posse mas encontro
Não é possível aprisionar o amor,
Pois ele é fluído... percorre o teu corpo e retorna ao meu
Como numa sinfonia, ritmado suave e volátil.
Não posso pedir nada em troca
Pois já sinto o retorno...
Como o pombo correio, que trás a mensagem,
O meu coração recebe o teu.
Não penses que serás refém,
Pois nada pode conter
No amor não há cativeiro...
E sim ninho que acolhe, aquece e alimenta.

Não penses que apenas te quero, pois te enganarás...
Não te quero apenas, pois já o tenho, e és presença constante.
Não posso tocar-te, e sei que corro o risco de não fazê-lo nunca mais
Mas não poderás tirar-te jamais de meu coração,
E de teu coração serei como fantasma errante
E procurar-te-ei por toda a eternidade.

O GÊNIO QUE SONHA


"Um homem é um gênio quando sonha" Akira Kurosaw
O GÊNIO QUE SONHA

Com o pensamento dou asas à imaginação...
E num sonho faço-me autor e dono de qualquer situação.
O pensamento voa livre e traz ao pensante a luz que o ilumina.
O pensamento nos torna um ser operante frente às idéias que irradiam.
Com o pensamento crio matizes, delineio a paisagem... assim como com pincel e tintas recrio como num passe de mágica torno-me pintor... Com o alizarim crimson limito o horizonte, uso azul cobalto, o celeste e o ultramar, para misturar ao branco zinco que num passe de mágica dá o movimento ao céu através de uma nuvens tímida. O mar vibrante e profundo de uma ilha quente do caribe, é coberto pelo verde vessiê e o verde inglês. Com o azul da Prússia, e sépia crio a profundeza do oceano. E a luz que ilumina num raio incandescente uso amarelo indiano que se une ao branco de titânico e resplandece numa perfeita e genial obra de arte.
Clis 04/10/2007 22:30

AS VEZES


AS VEZES

As vezes eu paro assim... para pensar...
Como posso viver assim para te amar...

As vezes eu volvo ao meu coração,
Pequeno órgão com tanta emoção.

As vezes observo meus pensamentos
Que condicionado revive nossos momentos.

As vezes no espelho me espreito,
Vejo uma silhueta nua e estreita.

As vezes tento calcular tuas mãos,
Quantos toques me abranges...qual a proporção?

As vezes quero te encher de beijos.
Deslizar minha boca quente em teu corpo inteiro.

As vezes quero te amar,
Possuir teu corpo... sem o encontrar.

As vezes te ouço a repetir o meu nome,
Num eco que silva e zune em minha mente.

As vezes, raras vezes, te encontro a vagar
Num êxtase acelera meu pulsar.

Assim adormeço... Entre as lágrimas desfaleço...
Sem o desfrute do amor eterno, pereço...
Na espera exaustiva permaneço...
Na esperança convalesço.

UM BEIJO APENAS


UM BEIJO APENAS

Deixa eu provar da tua boca
Saciar minha sede
Tirar o teu fôlego
Conduzir-te sem pressa
Apenas beijar

Deixa eu sentir o teu cheiro
Inebriada pelo desejo
Esquecer de tudo
Em seus braços ficar
Apenas abraçar

Ouça a voz do desejo
Tua pele me chama
No silêncio reclama
Por esse anelo fulgas

Apenas um desejo
Apenas um carinho
Apenas um encontro
Um beijo apenas, nada mais

Dá-me os teus lábios
Que te darei o encanto
Dá-me os teus braços
Que te farei levitar
Quero te beijar.

TSUNAME



TSUNAME



O mar é maravilhoso, não consigo parar de olhar o seu vai e vem incansável.
Tal qual o meu coração que descansa por algum tempo e adormece, calmo e pacifico, me deixa em paz.
Contudo, quando desperta, torna a tumultuar minha mente com suas ondas fortes e insanas.
E novamente os pensamentos e idéia chegam sorrateiramente, como uma brisa suave, com cheiro de flores do campo que inebriam e aos poucos toma proporção e como um tsunami vai tomando conta, devastando e enlouquecendo pura emoção.
A lembrança e a ausência me inundam com atroz violência. Sua falta me perturba arrebata minha vontade... Quando a onda se vai, só fica uma tristeza e o vazio de uma vida, e aos farrapos, me arrasto e insisto em buscar algum sentido nessa vida que não cessa.. Restando apenas os escritos, poesias, obras de arte e os corpos exaustos sem vida jogados ao relento pela ressaca... do esquecimento.
Clis 11/09/2007

CAMINHOS


CAMINHOS

Dos caminhos certos vejo abismos imersos.
Dos objetivos e metas vejo estacas e setas.
Da alegria e esperança, vejo nuvens espessas.
Da leveza do encontro sinto o peso do adeus.

Busco por mim mesma...
Busco por meus ideais...
Busco e não os encontro.
Em algum lugar os deixei
Certamente em teu peito ficou.
Pois em mim apenas restou
A saudade do que passou.

O que me dói não é a tristeza, mas a certeza.
O que me incomoda não é a ausência, mas é a presença.
Pois um caminho igual a esse já percorri.
Contudo, saudade igual nunca senti.
O que me atrapalha são Suas palavras
O que não me deixam novos rumos tomar
Por isso em Ti estou a esperar.

LEVEZA

LEVEZA


Quando pequenos fomos atropelados pelos passos dos adultos que impõem seus próprios ritmos.
Quando crescemos levamos os passos apressados desses que nos atropelaram.
O segredo da felicidade é rompermos esse elo com o passado emocional e marcarmos um compasso próprio na bela valsa da vida.
Venha! Dance comigo!
Dancemos no compasso e na leveza de nossas almas.
Com nossos corpos soados ao ritmo da Valsa Vienense eternizemos esta estação .
E em rodopios extasiados demarquemos pouco a pouco o salão,
Numa volúpia voraz até o romper da aurora de uma noite de verão.
Clis 24/11/2007